Desate o nó
num desatino; um desafio.

Crer ou não crer? Eis a questão.

Category: , , By Diego Paulino
Deus, Destino e Livre-arbítrio: três palavras impossíveis de serem usadas numa mesma frase sem causar contradições.

Pra começar, as pessoas recorrem a Deus por qualquer coisa, e, quando não recorrem pro Chefão-mor do Céu, vão para seus subordinados: os santos. Tem santo pra tudo quanto é coisa: causas perdidas, casamento, dinhero, doença, mega-sena, computador quebrado, gripe do cachorro, etc.
Mas se paramos pra pensar no porquê disso, entramos em um labirinto:

Se uma pessoa reza pra Deus pra curar a enfermidade de alguém, incoscientemente esta pessoa crê que Deus tem uma pontinha de culpa na doença em questão, que Deus escolheu aquela pessoa pra ficar doente, não é?Falando assim, pode soar meio estranho, e , talvez, forte, mas é a pura verdade. E não sou quem diz, isso é filosofia.

Segundo: Se Deus pode mandar e desmandar quando eu fico doente ou não, quer dizer que eu não tenho livre-arbítrio, pois, pelo que eu saiba, livre-arbítrio é eu fazer o que eu bem entender de minha vida. Mas então, pelos padrões do Deus-mandão eu vou ficar doente por que não fui um garoto bom, e não por que eu não lavei bem as mãos antes de comer.

Terceiro: Destino. Não gosto de acreditar em destino,prefiro não acreditar em destino; pois sou a favor do livre-arbítrio, não creio que alguém nasça pré-disposto a algo. Não creio que haja uma força que nos guie para os caminhos errados ou certos. Acredito, sim, que cada um tem o poder de escolha; de tornar a sua vida no que bem entender. Deus não interfere na vida dos humanos, não somos como um jogo gigante de xadrez onde ele mexe as peças de maneira que Ele bem entende. É mais como um filme, onde tudo acontece sem ninguém interferir.
Em suma, o destino é a grande desculpa da humanidade; quando dá algo errado em nossas vida é muito mais cômodo falar: 'não era pra ser meu.' 'Deus quis assim.' 'Vai chegar minha hora.' À assumir que você é humano e é errante. Errou? Levante e Ande. 'Temos duas pernas pra poder seguir em frente'

Lendo isso, talvez dê a impressão que eu seja ateu. Na verdade, eu não sei o que sou, não sei se acredito ou não.
Como a maioria dos habitantes do maior país católico do mundo, eu era dessa religião. Mas, depois de começar a estudar história e ver as atrocidades da igreja no passado, me desliguei dela.
Depois disso já me intitulei agnóstico, mas, hoje, não mais. Prefiro dizer que não sei.
Dentre todas idéias de divindades, a que mais me agrada faz parte dos conceitos orientais, aqueles que dizem que Deus ou O mundo ou O universo ou A verdade ou Tudo ou Nada ou O cosmos é uma coisa só: Tudo está intrelaçado duma forma tão complicada que é invisível à olho nu. Eu sou Deus, Deus sou eu, as pessoas são seus próprios deuses. Eu sou essas letras digitadas, eu sou cada ponto, cada acento, cada vírgula que digo. Eu sou tudo ou nada. O Tudo é uma coisa só, não há divisão. E o mais incrível disso, é que estamos inclusos nesse fluxo de magnitude inenárravel, fazemos parte disso, somos isso.
Tampouco, não existe um ser onipotente, onisciente e onipresente que controla nossas vidas como num jogo.(lembram-se do Xadrez?)Se fosse assim, Deus seria o cara mais egoísta que jamais conheci e o mundo seria um lugar equilibrado, previsível e chato. Se fosse assim, guerras não existiriam, não existiria fome, catastrófes e desigualdades no mundo; Mas o mundo não é assim, ele é torto! Por isso que é emocionante e radical. A vida é um esporte radical, dos mais perigosos, por sinal...

O Post já ficou grande demais pro meu gosto, e eu ainda continuo com a sensação de que esqueci de algo, talvez retome esse assunto mais pra frente.... Ou Não.
Enfim, é sempre bom lembrar que não estamos presos a religiões, padrões e paradigmas como a Terra está presa à sua órbita ao redor do Sol. Somos seres pensantes, é sempre bom ter seu ponto de vista. Somos humanos logo questionamos. Não se reprima: pergunte, questione, critique. Faz Bem.

playList: The killers, Engenheiros, Los Hermanos e Velhas Virgens.
 

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