SIlêncio.
Numa coincidência, num momento alheio do tempo eles pararam de discutir, calaram-se. Entraram numa conversa muda : Nem de palavras, nem de gestos, somente de olhares. Cada qual encarando a face do outro, no lado oposto da mesinha pequena de jantar.
Silêncio.
Lágrimas escorriam dos olhos dela, tão bonita, tão frágil; tão triste.
O elo da relação havia se partido, não existia mais razão para continuar.
Ele levantou-se, ela não desviou os olhos dos seus, como se suplicasse que continuasse sentado.
- Helena – Ele disse.
- Sim?!
- Acabou
- Eu sei, eu sinto.
- Adeus.
Helena decidiu não responder.Adeus era uma palavra muito forte, não queria senti-la em seus lábios. Não queria sentir mais som algum em sua boca por longas horas. Queria o silêncio, a paz.
O mórbido silêncio somente foi rompido com o ' click' da maçaneta da porta; Arthur estava há apenas alguns passos para sair de sua vida... Para nunca mais voltar
- Arthur! - Ele virou-se para encará-la – ao sair, por favor, tranque a porta pelo lado de fora e jogue a chave. Deixe-me sozinha com a solidão.
E o Silêncio voltou a reinar no ambiente.
Bonito texto, diferente dos que você escreve, mas tão bonito quanto.
Mas também pensa: "Por favor, demore pra chegar."
É um turbilhão (com o perdão do trocadlho referente ao texto abaixa) que rola na sua cabeça.
Mas muito legal o texto, Diego. Nota 10
Abraços!
A essência do texto é tão triste, e em algumas horas até lembra as frases inteligentes do HG ^^
Real o suficiente que chega a ser triste, e surpreendente, diferente dos seus textos habituais. Adorei o jeito como vc descreveu a cena, os olhares, os movimentos, tudo.
Há, amei seu texto triste Diego! =D